Gotas de suor lambuzam a sôfrega alma, e a suavizam. Abatida por exércitos errantes, agoniza no último suspiro. Alma inquieta silencia a quietude do desatino. O que dirá Marta? Sua boca fala para dentro no vozerio que o ouvido ecoa. O que será de Marta, transpassada pela lança cega? Seus cortes invertidos respiram a fuligem. Morte residente, desfila devassidões no certeiro espaço das rezas angulares e displicentes.
Mulher que cede. Sede de mulher. Balança o berço nu. Estende o grito no varal. Seca a angústia
Marta, a mulher da vida, rígida, jazia. Sepultada sem perdão. Não foram vê-la. Seus contatos e queridos do lar, em nada saudaram-na. Lágrimas de secos olhos misturadas ao choro da terra mãe - estéril chão. Cortejo fúnebre ladeado por curiosos, carpideiras - a procura do ganha pão - desafetados, desarmonia. O testamento machuca a hombridade. Papel engordurado, rasgado, nota desbotada da compra do dia seguinte
ESCRITO por ALEX AZEVEDO DIAS.
4 comentários:
Gostei e adorei o blog.
Conto bem poetico.
Voce escrve tao bem *.*
http://cris2selene.blogspot.com
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