quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Fonte da Vida.



Fonte da Vida.
autor: ALEX AZEVEDO DIAS.

O dia mal clareou e um burburinho de vozes femininas reverberou no salão principal. Guardas protegiam os portões com semblantes incorruptíveis. A tropa marchava no pátio externo. Com seus coturnos impecáveis e uniformes bem alinhavados, realizava seu exercício matutino, ignorando a presença das moças. O convívio com tais moças tornara-se cada vez mais frequente. Apesar de o quartel não ser, a princípio, o ambiente mais adequado, elas cumpriam ordens e lá compareciam para o recrutamento e para treinamentos sucessivos de caráter e de conduta. Embora o regime não admirasse muito os talentos femininos, aquelas mulheres, todas de família, algumas até casadas com homens comuns, recebiam tratamento de qualidade invejável. Eram aceitas e desejadas exatamente naquelas condições. Já as que não tinham sangue puro, enfrentavam as mais cruéis represálias. Nem para o coito vulgar e agressivo serviam, pois os oficiais e mesmo soldados rasos abominavam que se sujassem intimamente por entranhas degeneradas. As escolhidas, sejam as voluntárias, sejam as que foram levadas à força, ali estavam como matéria-prima de um nobre destino para a construção de uma potente nação.

Frau Magda preparava o almoço quando bateram à sua porta de forma indócil e insistente. Seu marido, jovem camponês que consumara o matrimônio recentemente com a bela e dedicada moça, ainda não voltara da lavoura de trigo na qual atravessara gerações de trabalho árduo e primoroso. Por tais circunstâncias, Magda hesitou em abrir a porta. Fez silêncio para simular que a casa estivesse vazia. Como as batidas não cessaram, apesar de quase sucumbir à inquietação, dirigiu-se à porta. No umbral de ardósia, um homem de alta patente da SS, empertigado, estendeu o braço, com leve sorriso, para cumprimentá-la.

Sem reação, ela mal pôde olhar para os olhos do oficial. Aquele uniforme lhe causava calafrios. Embora não pertencesse à família judia, soube da implacável perseguição, do antissemitismo. De cabeça baixa e braços caídos rente ao corpo, Magda permaneceu imóvel. Desistindo de ser amigavelmente convidado para entrar, o oficial esfregou o solado das botas no capacho felpudo do batente e escancarou a porta, empurrando-a pela maçaneta. Foi até a pequena cozinha, puxou uma cadeira e se sentou à mesa, pedindo que a mulher lhe levasse café ou chá. Sem dizer nenhuma palavra, Magda obedeceu, disfarçando os tremores das pernas por baixo da longa saia cujo comprimento ultrapassava os tornozelos. Enquanto fervia a água e coava o café, o oficial, tamborilando na mesa de madeira sem um pingo de discrição, comia a jovem alemã com os olhos, observando-a dos pés à cabeça.

Ao se reaproximar do representante do serviço secreto, oferecendo-lhe a xícara de café e o servindo em seguida, ele a pegou pelo braço, segurando-a com firmeza, sem titubear, e se apresentou inicialmente, dizendo se chamar Fritz von Broich. Magda, segura pelo pulso, antes mesmo de depositar a xícara na mesa, manteve-a suspensa, evitando o mínimo tremor que fosse para não derrubar café no pires, ou o que seria pior: manchar o higiênico uniforme do oficial, o que causaria uma catástrofe irreversível e de maior envergadura. Sem desviar os olhos de Magda como se fosse um predador analisando sua presa antes do ataque final, afirmou que ela deveria se orgulhar por ser um exemplar ariano de características inigualáveis. Disse que se ela fosse judia, ele a esterilizaria ali mesmo, sem dó nem piedade, arrancando seus ovários com as próprias mãos. Mas como se tratava de uma ariana alemã legítima, serviria com muita honra aos desígnios máximos do III Reich.

Ainda sem soltar o seu braço e sem lhe dar direito à escolha, comunicou-lhe que seu ventre era propriedade da soberania do nacional-socialismo e, a partir do instante em que receberia a ordem suprema, teria a missão de colocá-lo a serviço da purificação da raça ariana. Fritz soltou o braço de Magda, bebeu o café, despediu-se e a deixou lá, no meio da cozinha, estatelada, sem nem sequer raciocinar a respeito do que acabara de se passar. Quando seu marido chegou, ela nada pôde dizer. Fingiu que não se abalara pela gravidade de seu sórdido destino. Temia o pior e não queria desestruturar o homem com o qual escolhera viver o resto da vida. Semanas se sucederam, intercalando-se a visitas constantes do mesmo oficial para instruí-la, passo a passo, sobre a divina missão para a qual fora convocada. Tais visitas ocorriam invariavelmente sem a presença do marido.

Um dia, sem anunciar, o oficial chegou à casa de Magda com mais três soldados da SS. Klaus, o jovem esposo, que lamentavelmente ainda estava em casa no instante derradeiro, assistiu à entrada triunfal dos homens fardados com a suástica nazista afixada nas mangas. Acabou descobrindo os planos macabros que o regime reservara à sua esposa da pior forma possível. Tentou resistir, alegando que ele e a mulher eram pessoas de bem, que não eram hebreus nem semitas e que ele trabalhava duro diariamente em prol do crescimento da economia agrícola do país. Fritz von Broich se limitou a lhe entregar uma carta cujo conteúdo exaltava a ascensão nazista e o condecorava por ser o marido de uma mulher que serviria à perpetuação e purificação da imponente raça ariana. Inconformado, vendo Magda ser conduzida ao automóvel da Gestapo sem mover nenhum músculo da face nem olhar para trás, argumentou que ele também pertencia à raça ariana e poderia gerar uma criança nos mesmos moldes do projeto ideal de eugenia do Führer.

Impassível, o oficial se voltou a Klaus, olhando-o com desdém, e disse que apesar de não ser de origem judia, sua anatomia - por ter a perna direita um pouco mais curta do que a esquerda, conferindo-lhe uma leve deficiência - era tão degenerada quanto à de alguém de raça inferior. Klaus utilizava uma bota corretiva, ortopédica, que lhe conferia estabilidade na locomoção. Revoltando-se, tentou provar à polícia secreta que isso não o impedia de plantar e de colher o trigo diariamente na lavoura e que prosperava significativamente. O oficial, contraindo os lábios, esbofeteou o rosto de Klaus. Considerou tais argumentos ofensivos e petulantes. Disse que as decisões de Hitler eram inquestionáveis. Falou ainda que se não fosse um mísero aleijado o incumbiria de se alistar no partido, mas, nas atuais circunstâncias, teria que tomar uma resolução mais adequada: castrá-lo, como se castra cães e gatos, para não poluir a hegemonia do solo germânico, povoando-o com descendentes também aleijados, inúteis e imprestáveis. Fritz von Broich agarrou Klaus pelo braço, alegando levá-lo em outro automóvel para que fosse conduzido ao centro cirúrgico no qual seria esterilizado. No momento em que ocorria o tenso diálogo entre os dois homens, a esposa de Klaus, acompanhada pelos outros soldados, já estava longe dali.

Num rompante, Klaus se desvencilhou das mãos envoltas em luvas espessas e cuspiu na cara do oficial. Simulando ignorar o ocorrido, Fritz, com absoluta calma, retirou o quepe com uma das mãos e, com o antebraço, limpou a saliva de Klaus que escorria do alto de sua testa. Sem pestanejar, delicadamente, tirou sua pistola Luger do coldre, esticou o braço e a apontou para a testa de Klaus, no mesmo ponto em que, na sua, seu desprezível oponente havia cuspido. Com a mesma frieza com que realizava das mais terríveis às mais triviais atividades cotidianas, Fritz disparou, abrindo uma cavidade fatal entre os olhos de Klaus.

O oficial da SS, com a mesma serenidade, deu dois passos para trás para se afastar da poça de sangue que se aproximava lentamente de seus pés. Guardou a Luger no coldre, arrumou os cabelos com os dedos e ajeitou o quepe, puxando a aba para frente. Caminhou até o umbral de ardósia e lá ficou por alguns segundos, contemplando o vasto trigal alaranjado pelos últimos raios de sol. Antes de sair, abandonando de vez a casinha que abrigava duas almas felizes pelo recente enlace do matrimônio, Fritz Von Broich esfregou a sola dos coturnos no tapetinho que, do mesmo jeito em que entrou ali pela primeira vez, limpando as botas da poeira da rua, agora as limpava do rastro de morte e dor.

No quartel, o falatório temeroso das moças foi interrompido por uma estirpe de soldados puro-sangue. Muito educados, todos se curvaram diante daquelas damas, pedindo para que elas oferecessem as mãos a serem beijadas de acordo com o protocolo e cordialidade dignos de um grande regime. Heinrich Himmler fez as honras e orientou as moças para que o seleto grupo saudável de rapazes as despisse em quartinhos apropriados nos alojamentos. Obrigatoriamente, cada moça manteria relações com três rapazes, evitando assim que a paternidade fosse reconhecida e a fútil afetividade individual roubasse a autenticidade da supremacia da política nacional-socialista. Afinal, o Estado seria o único responsável pela educação da juventude ariana. Com essa reconstrução fabulosa da vida humana, o regime nazista ganharia mais uma batalha contra a riqueza e diversidade étnica imposta por Deus. E as mulheres, as que não foram mortas por supostos traços de inferioridade, tornaram-se, assim, propriedade de um Estado que mergulhou de cabeça na mais fidedigna qualidade humana: a perversão.


Escrito por Alex Azevedo Dias.

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O Homem Que Não Falava Inglês.



O Homem Que Não Falava Inglês.
autor: ALEX AZEVEDO DIAS.

Seymour abriu a gavetinha, pegou a bandeira da nação querida e a desdobrou com muito esmero e patriotismo. Apesar de nunca ter considerado a combinação das cores azul e vermelha uma escolha estilosa, vestiu-se como manda o figurino da grande águia careca. Também não admirava muito as aves de rapina. Lamentava que fosse símbolo do seu país. Emplumados só empalhados. Só de pensar no longo alcance da carnívora visão de tal animal, suas pernas amoleciam, ficavam bambas, e, frequentemente, desmoronava. Por isso, afastou a imagem do bicho selvagem de sua memória, balançando a cabeça freneticamente para um lado e para o outro, e voltou a se produzir com a dignidade que a pátria americana merecia.

Desde bem novinho, seus pais o levavam para assistir aos desfiles cívicos na principal avenida do condado nova-iorquino do Bronx. Seu pai o erguia para que Seymour se sentasse em seus ombros. Suspenso no ar, como se flutuasse, sentia-se seguro pelos braços fortes paternos. Lá do alto, com convicção, permitia que a flâmula estadunidense tremulasse firme, entre os franzinos dedos, no topo do bracinho alegre bem esticado. Seymour segurava a bandeirinha com a mesma força com a qual se sentia protegido pelas mãos fortes do seu pai apertando suas canelas finas sobre o peito. Já alto o suficiente para visualizar a parada por cima, sem necessitar dos ombros do pai - apesar da saudade e do desamparo que sentia -, Seymour apressou-se para não chegar atrasado no imperdível 4 de julho. Desde bem cedo, a população entusiasmada já soltava rojões e foguetes, celebrando mais um ano da declaração da independência americana do império britânico.

Ansioso e eufórico, Seymour chegou com antecedência. Uma verdadeira muralha humana o recepcionou, margeando a avenida do evento. Abrindo caminho, Seymour procurou o espaço mais agradável possível para não perder nenhum detalhe do desfile. Os espectadores, espremidos mas disciplinados, não escondiam a expectativa, já, eles mesmos fazendo a festa com fantasias de ícones nacionais e muitas bandeiras. Quando olhou para o lado, devidamente acomodado no meio da multidão, viu no asfalto, atrás de um sujeito usando uma extravagante cartola de Lincoln, ima pequena bandeira brasileira sendo ignorada e severamente pisoteada. Após voltar a se interessar pelo início da parada e não mais se lembrar da cena que mobilizara sua atenção minutos antes, Seymour estampara novamente um sorriso de cabo a rabo em sua cara redonda - em nada comparável à magreza da infância -, balançando sua bela bandeira norte-americana.

Quando o desfile começou, os cidadãos patrióticos, antes entregues a um falatório exacerbado, calaram-se e iniciaram uma excitada sessão fotográfica. Seymour alegrou-se ao avistar a primeira alegoria simbolizando as 13 ex-colônias que conquistaram a independência, separando-se do domínio inglês. De repente, distraído pela exuberância da apresentação, Seymour sentiu que alguém cutucava suas costas com certa insistência. Ao virar, um mal súbito fez com que quase perdesse os sentidos. O sujeito de cartola do tio Sam segurava a bandeira brasileira, surrada e enlameada, perguntando se Seymour era seu proprietário.

Não sabendo o real motivo de tal interrogação, já que nunca questionara a respeito de sua nacionalidade nem exibisse um único traço do biótipo sul-americano, estranhou não ter compreendido nenhuma palavra dita pelo sujeito fantasiado com elegante gravata borboleta, cavanhaque postiço e sua mirabolante cartola. Aflito, gesticulou e tentou argumentar que aquela bandeira subdesenvolvida não lhe pertencia. Para aumentar seu espanto, o interlocutor também não entendeu o idioma usado por Seymour para se expressar. Parecia realmente que ambos falavam duas línguas diferentes, apesar de os dois serem cidadãos americanos. Logo, o falatório reiniciara. Seymour ficara ainda mais perplexo ao ter se dado conta de que todas as pessoas à sua volta falavam a mesma língua confusa e incompreensível - ou dialeto - que o Lincoln de araque também falava. Seymour não entendia nada nem se fazia entender. Quando percebeu, mais perplexo ainda, que não sabia falar inglês, absolutamente nada da língua anglo-saxã, desmaiou.

- Ei, cara. Tu tá bem? - Pronunciou-se um dos inúmeros que, aglomerados, acotovelavam-se para disputar o melhor lugar em meio aos curiosos para ver o homem caído em plena praça pública.

Mesmo relutando em abrir os olhos, pois ainda se sentia tonto e nauseado, ao ouvir aquelas palavras, Seymour se alegrou por estar curado, novamente compreendendo o idioma dos seus conterrâneos.

- E aí, camarada. Tu fala minha língua?

Sensibilizado por estar em sua pátria idiomática outra vez, Seymour se esforçou em se levantar, apoiando-se em seus cotovelos para ao menos suspender a cabeça do asfalto. Logo, observando a recuperação daquele homem, quatro dos curiosos se manifestaram e foram auxiliá-lo a se erguer dignamente. Emocionado, Seymour confirmou falar a mesma língua de todos, entoando seu verbo.

- Falo! Falo sim. Claro que falo.

- Pô, cara. Se você é um dos nossos, então o que tu faz com essa roupa ridícula vermelha e azul?

- Ué?! É da nossa pátria!

- Hi... Olha o cara, aí... Bateu a cabeça? Pô cara, acorda. Estamos atrasados.
Atordoado, mas sem tocar sobre o dilema das cores, Seymour coçou a cabeça descabelada e perguntou sobre outro assunto, o do suposto atraso: - Atrasados para quê? Para o nosso dever cívico?

- Claro! Nosso dever patriótico de torcer pela seleção.

- Seleção dos heróis da independência?

- Isso! Heróis da bola! Vamos passar pela Colômbia com uma enxurrada de gols e dribles fantásticos!

- Esperem um pouco! Do que vocês estão falando? Falamos a mesma língua, mas não falamos da mesma coisa. Hoje não é o feriado de 4 de julho?

- Opa! O cara tá bem situado no tempo! A pancada não afetou tanto a cachola dele. Sim. Hoje é dia 4 de julho e é feriado.

- Então o desfile já acabou?

- Que desfile cara? Tá maluco? Tá doidão? Foram essas cores de bosta que te subiram à cabeça. Põe a canarinha aí, pô! Sabe onde estamos? Tu está perdido no espaço? Estamos no Largo do Machado. Até o Maraca demora pacas.

Seymour apavorou-se. Seu semblante empalideceu. Teve a sensação de que já ouvira os nomes “canarinha”, “Largo do Machado”, Maraca” em algum lugar. Mas quando? Onde? Certamente nada tinha a ver com os EUA. Olhou para um lado. Olhou para o outro. As pessoas tinham um aspecto bem diferente da realidade norte-americana. Mas quando percebeu que aquela língua com a qual se sentira em casa, compreendendo e sendo compreendido não poderia ser o inglês, estarreceu-se quase que por completo. Ele estava falando português. Um português nativo. Um português cantado, assoviado como o dos pássaros e dos cariocas. Um português brasileiro, regional, do Rio de Janeiro, tão autêntico quanto cada nuance de cada cantinho desse gigante - mulato e inzoneiro - sul-americano. Estava no Brasil. Meu Deus! – Exclamou, balbuciando, sem ser ouvido pelos companheiros. Resolveu não questionar aquele absurdo delirante do qual tornara-se vítima. Embarcou no samba do crioulo doido e, já que não falava inglês mesmo, só o português, indagou como quem não quer nada: O que vai ter lá?

- Cara, tu não sabe? Pô, jogão da Alemanha contra a França pelas quartas-de-final da Copa.

- Amigo, desculpe a confusão, devo realmente ter batido a cabeça com força quando caí, mas hoje, 4 de julho, não deveria ser feriado aqui. 4 de julho é feriado só nos EUA, pela declaração da independência.

- Cara, tu vive em outro mundo mesmo, né não? Hoje, como tu sabe, tem jogo no Maraca. O prefeito do Rio decretou feriado municipal. E tem mais: Depois do jogo no Maraca, vamos ver o jogão do Brasil!! Brasiiilllll!! Brasil e Colômbia. Rumo ao Hexa! Vamos torcer pra seleção passar pra semi-final. Como o jogo do Brasil é lá no Castelão, em Fortaleza, vamos torcer no boteco do Manel, que é bem mais pertinho. Tu ta convidado, maluco. Vamos juntos? Mas tem que mudar de cores. Essa camisa vermelha e azul vai dar má sorte. Ôh, Raul! Pega a camisa do Neco aí pro camarada aqui. Acho que dá nele. O Neco não pôde vir.

Seymour pegou no ar a camisa lançada, toda embolada, pelo Raul. Tirou a que estava usando, deixando-a cair no meio-fio. Vestiu a canarinha número 10 com o nome de um tal de Neymar Júnior. Coube certinho. Vencido pelo cansaço e sem querer saber a verdade, se era realidade ou fantasia, partiu abraçado aos novos companheiros, com um copinho de cerveja fabricada nos EUA cada um. Bebericaram e comemoraram muito.

Entregue ao absurdo que passara a viver, aproveitou ao máximo, como jamais aproveitara, aquele feriado municipal no Rio de Janeiro, e em pleno Maracanã. O melhor 4 de julho da história de Seymour, da história americana. Ele ofereceu um brinde à América. E, como sempre disse o ditado patriótico: a América para os brasileiros! Ou será que não?


Escrito por Alex Azevedo Dias.

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